O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região informou nesta segunda-feira que os trabalhadores aceitaram por unanimidade a proposta dos bancos e aprovaram o fim da greve.
Apesar de algumas agências da capital e do interior já estarem em funcionamento desde a manhã de hoje, a categoria tinha uma assembleia marcada para as 18h (hora de Brasília) demo do a apreciar a proposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
Essa proposta, além do reajuste dos salários acima da inflação, também inclui o não desconto dos dias parados, o "fim do transporte de numerário e de ranking individual de metas, dentre outras conquistas", conforme boletim divulgado pelo sindicato.
Há duas assembleias sendo realizadas em separado para debater a situação específica do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, no Estado de São Paulo.
ABC
O sindicato dos bancários do ABC também confirmou que os trabalhadores da região também aprovaram a proposta da Fenaban. Ainda conforme essa entidade, os funcionários do BB e da Caixa já encerraram suas assembleias e igualmente aceitaram a proposta e votaram pelo fim da greve.
Rio, Bahia, Rio Grande do Sul e outros Estados também promovem assembleias para decidir o fim da greve, que já dura 21 dias, sendo a mais extensa dos últimos anos.
AUMENTO REAL
Durante a negociação, ambos os lados cederam, mas conseguiram garantir um reajuste salarial de mais de 1% acima da inflação, diferentemente dos trabalhadores dos Correios, que terminaram a greve, por ordem da Justiça, quase sem aumento real.
Será o oitavo ano em que os bancários terão aumento real. Inicialmente, os bancários pediam ganho real de 5%, índice que os bancos consideraram 'impraticável'.
Se aprovado, o aumento vale a partir de setembro. O piso para os bancários que exercem função de caixa passa para R$ 1.900, no caso de jornadas de seis horas. Para a função de escriturário, o piso passa para R$ 1.400.
O acordo prevê ainda aumento da PPR (Participação dos Lucros e Resultados) adicional de R$ 1.100 para R$ 1.400 e do teto da parcela adicional de R$ 2.400 para R$ 2.800.
A greve atinge nesta segunda-feira o 21º dia de paralisação, que já é a maior desde 2004, quando durou 30 dias. Neste ano, o movimento teve forte adesão nos centros administrativos dos bancos.
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo (ligado à CUT), a greve parou pelo menos 35 mil dos 170 mil bancários da região.